
A industria do bem estar focada na qualidade de vida das pessoas é sem dúvida um dos segmentos que mais cresce do mundo inteiro. Uma boa prova disso é o numero de academias no Brasil que teve um crescimento bem significativo nos últimos anos e atingi hoje a marca de um pouco mais de 19 mil espalhadas pelos estados brasileiros. Ainda assim, os estabelecimentos não crescem no mesmo ritmo dos profissionais que se formam ano a ano.
Para se ter idéia, apenas na capital paulista e região metropolitana, chegam ao mercado, anualmente, cerca de 2,5 mil formandos de educação física e no Brasil mais de 20 mil. Como há muitos profissionais no mesmo ramo, entre outros aspectos somados a essa concorrência faz parte da realidade do profissional uma remuneração que chega na casa dos R$ 4 por hora/aula em uma academia em algumas cidades, e por isso é comum os profissionais trabalharem em dois ou três turnos para obter uma renda razoável e tentar cumprir seus compromissos financeiros. Já fazem anos que os valores médios praticados em academias não tem um aumento proporcional a ao crescimento do setor e nem mesmo acompanham a inflação média do ano, parece que ficaram congelados no tempo.
Resumo da industria: O mercado forma muito mais pessoas do que as academias são capazes de absorver-las. Esse cenário reforça as premissas de que o segmento de Personal Trainer é sem dúvida uma das salvações para os bons profissionais que podem ganhar valores por hora até 20 vezes maiores do que a média que se recebe em uma academia.
Cenário Otimista para o Personal Trainer
Mesmo assim, apesar de ser uma grande tendência, estatísticas mostram que menos de 3% da população são praticantes de atividade física indoor, ou seja, praticante de atividades físicas dentro de academias. Em alguns países da Europa esse numero chega a 16% e p Brasil deve caminhar nesse sentido nos próximos anos.
Além disso, já vai longe o tempo em que as pessoas praticavam atividades físicas apenas para ficar com um corpo “sarado”. Hoje, a prática de atividades físicas está ligada à saúde e à qualidade de vida de cada um, independente da idade, e pode ser feita em qualquer lugar, como parque, clubes, academias ou até na própria residência. Porém, todas as pessoas têm, na prática, propósitos ou necessidades distintas, o que fomenta a procura por um serviço personalizado, exclusivo, que seja capaz de contribuir na busca pelo resultado.
E para finalizar temos ainda um cenário econômico muito positivo no Brasil, com uma mudança constante com o aumento das classes sociais em especial a classe A e B que são as principais consumidoras do serviço de um personal trainer, sendo assim mais pessoas tem a possibilidade de contratar o serviço e mais profissionais serão absorvidos por esse segmento. Hoje se considerando apenas as classes A1 e A2 que segundo o IBGE representam 5% da população teríamos mais de 10 milhões de potenciais clientes.
O problema
A atividade do Personal Trainer sempre foi vista como "um nicho", mas podemos perceber que atualmente a mesma pode ser encarada como um "novo mercado" que age paralelamente ao mercado de academias. Existe atualmente um ciclo que envolve fornecedores, compradores, produtos substitutos, concorrencia que são exclusivos para esse mercado, como exemplos podemos citar congressos específicos, softwares, equipamentos de ginástica, acessórios para o treino, livros, cursos, certificações, pós graduações e até redes de franquias.
Apesar de todo esse crescimento o mercado ainda não é capaz de entender qual é o perfil dos profissionais de atuam como personal trainer. Não existe dados relevantes que possam expressar a realidade dessas pessoas no que diz respeito a dados financeiros, gestão, marketing, formação acadêmica e diferenças regionais.